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A revolução científica dos seculos XVI, XVII e XVIII em Portugal

​Autoria: Rui Baptista | Daniel Duarte

Introdução



Dando continuidade ao trabalho apresentando anteriormente, onde os descobrimentos foram tema central, e progredindo na história da ciência...

A influência dos Jesuítas na reforma das ideias Aristotélicas do método escolástico em Portugal.

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Os jesuítas foram os precursores de uma estrutura organizada de ensino baseada em colégios e promovendo a circulação dos professores entre colégios não só em Portugal, como também, na Europa.

A análise das teorias geocêntrica de Aristóteles e Ptolomeu, começa a ser contestada em 1610 por Nuncius com a descoberta de satélites próximos de Júpiter mas foram os Jesuítas que confirmaram essas descobertas e outras defendidas por Galileu.



Os jesuítas contribuíram para o fim das ideias Aristotélicas e para a emergência da ciência moderna acente no método experimental.

Alguns investigadores e professores da introdução das novas ideis científicas em Portugal e os instrumentos que permitiram a sua confirmação pelo método científico

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Pedro Nunes



Depois de ter estudado em Salamanca, Nunes recebeu o grau de doutor em medicina em 1532, em Lisboa. Foi cosmógrafo real e professor na Universidade em Lisboa. Depois dessa Universidade ter sido transferida para Coimbra, foi, em 1544, nomeado professor nesta cidade, funções que exerceu quase duas décadas.

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Simão Rodrigues estabeleceu em Portugal a Companhia Jesuíta (1540). Passados dois anos fundou em Coimbra o Colégio de Jesus.

Em 1548 foi criado em Coimbra também o Colégio das Artes.



O jesuíta Christophorus Clavius, esteve no Colégio das Artes entre 1555 e 1560, que se dedicou à astronomia após observação de um eclipse solar em 1560, desenvolveu obras marcantes e a ele se deve o Calendário Gregoriano, aprovado em 1582 pelo papa Gregório XIII, e adotado por Portugal em 1582.
Clavius confirmou a descoberta dos satélites de Júpiter por Galileu mas não abandonou o geocentrismo.

Critoforo Borri destacou-se no panorama da ciência nacional e enquanto jovem já se entusiasmava pelo heliocentrismo. Descreveu e introduziu em Portugal o telescópio fazendo as primeiras observações astronómicas com ajuda de André de Almada e instrumentos deste, nomeadamente um quadrante, permitindo assim observar a Lua (1627).

O contributo dos Reis Portugueses para o desenvolvimento da(s) ciência(s) e da tecnologia.

D João V apoia a criação do Gabinete de Física Experimental da Casa das Necessidades, a Biblioteca Joanina e a Torre da Universidade de Coimbra. D João V, assiste à exibição mal sucedida da passarola em 1709, construída por um jesuíta do Brasil, sendo esta experiência precursora de outras que se seguiram de ascensão de aeronaves não tripuladas.

O gosto pela ciência desenvolvido por D João V permitiu a criação do Observatório do Colégio de Santo Antão e o do Paço Real em 1723, permitindo a Capassi realizar numerosas observações.

O papel da Universidade de Coimbra no ensino das ciências e divulgação científica moderna.

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Coimbra sempre esteve no centro do ensino e como naquele tempo os Jesuítas a caminho do Oriente paravam em Coimbra, sempre foi um centro de divulgação científica com apoio DE todas a mentes brilhantes que por lá passaram. Além disto, como era um centro tão importante, foi-se investido em edifícios e equipamento de forma a melhorar o ensino.

O impacto que teve a expulsão dos jesuítas

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A Reforma Pombalina rompe com a tradição de ensino dos jesuítas, criando novas faculdades de filosofia e matemática, privilegiando o experimentalismo em oposição ao ensino que classificou de livresco adotado pelos Colégios.

Marquês de Pombal​

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Marquês de Pombal, que tinha sido diplomata em Londres e Viena, enquanto 1º Ministro de D. José I, dirigiu a reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755 tendo tomado a reforma do ensino em Portugal como um projeto de modernização.

A reforma Pombalina foi impulsionada principalmente através do matemático José Monteiro da Rocha, Jacob de Castro Sarmento e Bento de Moura Portugal (o Newton Português) e o bispo D. Francisco de Lemos.
Este último assume um papel muito importante na Reforma Pombalina, uma vez que tinha a visão de uma nova escola que promovesse a participação da universidade na vida social e económica do país, melhorasse os conhecimentos e os colocasse ao serviço da indústria e do comércio.

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Esta reforma passa pela criação de novas escolas e pela alteração dos planos de estudos onde foram incluídas as línguas clássicas e modernas, a história, a geometria, a física, a astronomia, entre outras ciências.

Em 1779 é criada a Academia de Ciências de Lisboa.

Verifica-se então que houve em Portugal um desenvolvimento significativo das Ciências e que foram os jesuítas os precursores de uma estrutura organizada de ensino baseada em colégios que promovia a circulação dos professores entre colégios não só em Portugal como também na Europa.



A monarquia, em especial D João V, apoia a ciência e envolve-se diretamente no seu desenvolvimento. A construção de equipamentos associada à evolução da ciência, sobretudo da astronomia, encontra sustentação ao longo dos anos quer nos colégios quer na coroa, sendo notável a capacidade de inovar no desenvolvimento de instrumentação para laboratórios de física e química.



A Reforma de Marquês de Pombal, apesar de controversa pela perseguição de ilustres cientistas por desenvolverem estudos e teorias em colisão com as linhas de orientação do pensamento científico da época, marca uma nova era para as ciências.





Apresentação original



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Perguntas...

  • A influência dos Jesuítas na reforma das ideias Aristotélicas do método escolástico em Portugal; Nomeie um Jesuíta cuja influência na revolução científica, na área da astronomia, tenha sido uma referência.
  • De que maneira o Rei D. João V contribuiu para o desenvolvimento da (s) ciência (s) e da tecnologia em Portugal?
  • Qual o papel da universidade de Coimbra no ensino das ciências e da divulgação científica modernas?
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