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A História e a  Organização  da Ciência em  Portugal

Autoria: Sérgio Rebelo | Licinio Diegues

A Ciência em Portugal, sendo convencionado o seu aparecimento como Ciência Moderna, no séc. XVII, teve diversos precursores dos quais se destacam:

Pedro Nunes dava aulas de matemática em Coimbra, provavelmente o maior matemático e ciêntista que Portugal já teve, seu nome foi conhecido por toda a Europa, devido as suas obras.

 

Fez inúmeros livros, um dos quais é o da imagem, tornando-se muito famoso por toda a Europa pelos seu trabalhos.

Outro grade cientista na época dos Descobrimentos foi o botânico Garcia de Orta (1499-1568). Viveu na India., um médico judeu Português foi o autor do livro Colóquio dos simples e drogas e coisas medicinais da Índia, editado em Goa em 1563. Este livro descreve cerca de 57 “drogas” orientais apresentando assim os sintomas e terapêutica de algumas doenças raras.

Os Jesuítas criaram alguns dos primeiros colégios do mundo. Foram os jesuítas (1540 no Reinado D. João III) que conviveram com Galileu, foram eles os primeiros em Portugal a fazerem observações com o telescópio. Vinham muitos estrangeiros da Companhia de Jesus para Portugal com o intuito de missionar no Extremo Oriente. O telescópio foi introduzido na China e no Japão, através das viagens marítimas que os portuguese descobriram. Para alem deste o relógio mecânico foi introduzido pelos portugueses no Oriente. 

Os conhecimentos de astronomia dos Europeus eram tão avançados relativamente aos chineses, que os assuntos relacionados com calendário e com as efemérides (efeméride é um fato relevante escrito para ser lembrado ou comemorado em um certo dia) astrónomas, passaram a ser dirigidas pelos jesuítas.

Com as guerras entre Portugal e Espanha (1580), Portugal entrou num período declínio, que também abrangeu a ciência.

Só no reinado de D. João V (1707 a 1750) que a ciência ganha novo folgo. Ele criou bibliotecas em Coimbra (1717) e Mafra (1711). Convidou o padre João Baptista Carbone, astrónomo italiano, que haveria de publicar registos das suas observações na Royal Society de Londres. Nessa época a Ordem Religiosa mais saliente astronomia e na física experimental já não eram os Jesuitas, mas sim a dos Oratorianos.

D. José I (1750 a 1777) que contribuiu para a importante Reforma Pombalina da Universidade de Coimbra

Perseguido em Portugal exilou-se em França, o Padre Teodoro de Almeida (1722 a 1804), regressou em 1778 foi o fundador da Física experimental em Portugal foi também o pioneiro da divulgação da Ciência entre nós. Exemplo disso é a sua notável obra Recreação Filosófica escrita em dez volumes.D. José I (1750 a 1777) que contribuiu para a importante Reforma Pombalina da Universidade de Coimbra

Marquês de Pombal (1699 a 1782) perseguiu os Jesuítas,fazendo com que fossem expulsos de Portugal.

Luso Brasileiro (1763 a 1878)um naturalista que foi um dos descobridores do mineral que contem o Lítio, foi professor de metalurgia em Coimbra.

Um outro naturalista mais interessado na botânica o Abade Correia da Serra (1750 a1823) foi outro que se destacou nesta área.

Critoforo Borri destacou-se no panorama da ciência nacional e enquanto jovem já se entusiasmava pelo heliocentrismo. Descreveu e introduziu em Portugal o telescópio fazendo as primeiras observações astronómicas com ajuda de André de Almada e instrumentos deste, nomeadamente um quadrante, permitindo assim observar a Lua (1627).

Felix Avelar de Brotero (1744 a 1823), botânico estudou a nossa flora nacional e desenvolveu o jardim botânico de Coimbra.

O contributo dos Reis Portugueses para o desenvolvimento da(s) ciência(s) e da tecnologia.

D João V apoia a criação do Gabinete de Física Experimental da Casa das Necessidades, a Biblioteca Joanina e a Torre da Universidade de Coimbra. D João V, assiste à exibição mal sucedida da passarola em 1709, construída por um jesuíta do Brasil, sendo esta experiência precursora de outras que se seguiram de ascensão de aeronaves não tripuladas.

O gosto pela ciência desenvolvido por D João V permitiu a criação do Observatório do Colégio de Santo Antão e o do Paço Real em 1723, permitindo a Capassi realizar numerosas observações.

O papel da Universidade de Coimbra no ensino das ciências e divulgação científica moderna.

Coimbra sempre esteve no centro do ensino e como naquele tempo os Jesuítas a caminho do Oriente paravam em Coimbra, sempre foi um centro de divulgação científica com apoio DE todas a mentes brilhantes que por lá passaram. Além disto, como era um centro tão importante, foi-se investido em edifícios e equipamento de forma a melhorar o ensino.

O impacto que teve a expulsão dos jesuítas

A Reforma Pombalina rompe com a tradição de ensino dos jesuítas, criando novas faculdades de filosofia e matemática, privilegiando o experimentalismo em oposição ao ensino que classificou de livresco adotado pelos Colégios.

Marquês de Pombal​

Marquês de Pombal, que tinha sido diplomata em Londres e Viena, enquanto 1º Ministro de D. José I, dirigiu a reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755 tendo tomado a reforma do ensino em Portugal como um projeto de modernização.

A reforma Pombalina foi impulsionada principalmente através do matemático José Monteiro da Rocha, Jacob de Castro Sarmento e Bento de Moura Portugal (o Newton Português) e o bispo D. Francisco de Lemos.
Este último assume um papel muito importante na Reforma Pombalina, uma vez que tinha a visão de uma nova escola que promovesse a participação da universidade na vida social e económica do país, melhorasse os conhecimentos e os colocasse ao serviço da indústria e do comércio.

Esta reforma passa pela criação de novas escolas e pela alteração dos planos de estudos onde foram incluídas as línguas clássicas e modernas, a história, a geometria, a física, a astronomia, entre outras ciências.

Em 1779 é criada a Academia de Ciências de Lisboa.

Verifica-se então que houve em Portugal um desenvolvimento significativo das Ciências e que foram os jesuítas os precursores de uma estrutura organizada de ensino baseada em colégios que promovia a circulação dos professores entre colégios não só em Portugal como também na Europa.



A monarquia, em especial D João V, apoia a ciência e envolve-se diretamente no seu desenvolvimento. A construção de equipamentos associada à evolução da ciência, sobretudo da astronomia, encontra sustentação ao longo dos anos quer nos colégios quer na coroa, sendo notável a capacidade de inovar no desenvolvimento de instrumentação para laboratórios de física e química.



A Reforma de Marquês de Pombal, apesar de controversa pela perseguição de ilustres cientistas por desenvolverem estudos e teorias em colisão com as linhas de orientação do pensamento científico da época, marca uma nova era para as ciências.





Apresentação original



Perguntas...

1 - Explique qual foi o impacto da criação do Ministério da Ciéncia e Tecnologia, e mais tarde do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior na evolução e afirmaçãoo da Ciência na Sociedade Portuguesa.

 

2 - Em 2006 o governo de José Socrates lançou a iniciativa "Compromisso com a Ciência para o Futuro de Portugal". Explique sucintamente em que consiste esta iniciativa e de exemplo de algumas das medidas associadas à iniciativa.

 

3 - Explique de que modo se efetua a organização da Ciência em Portugal no Século XX, dando Enfase a algumas das Instituições criadas e a personagens de referência.

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